sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


Homenagem ao poeta

Um certo Agenor,
Debochado, escrachado,
Muito além do seu tempo .
Talvez ousado, abusado,
Pra muitos um grande maluco,
Pra outros um gênio consagrado.

Brincar com palavras sem sintonia,
Assim era sua poesia.
Blues da piedade, maior abandonado.
O nexo não existia,
Mas o que importava era   o seu recado.

Amor de mãe, mulher, homem ou meretriz.
O que importava era ser feliz.
As vezes (poucas vezes), quando a solidão o chateava,
Transformava a bebida em companheira, sua  eterna namorada.

Poeta das minorias
Sempre a provocar a burguesia
Hora ou  outra a incitava,
Mostrando sua cara para o Brasil,
Mesmo sem o Brasil lhe mostrar a cara !

Mesmo com o abraço do anjo  da morte,
Sua ideologia não foi abalada.
Apesar de um futuro duvidoso e jocoso.
Sua poesia era uma metralhadora de palavras.

Assim como o tempo não para!
E o show tem que continuar,
A morte levou o poeta,
Porem sua obra se imortalizará.

Sinto-o se despedindo,
Como num trem pras estrelas partindo.
Mas uma coisa deixa a minha mente exageradamente confusa!
Assim como não se sabe de onde vem o doce sabor da uva.
De onde será que vinha tanta genialidade,dos versos da poesia do Cazuza?
      

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