Homenagem ao poeta
Um certo Agenor,
Debochado, escrachado,
Muito além do seu tempo
.
Talvez ousado, abusado,
Pra muitos um grande
maluco,
Pra outros um gênio
consagrado.
Brincar com palavras
sem sintonia,
Assim era sua poesia.
Blues da piedade, maior
abandonado.
O nexo não existia,
Mas o que importava
era o seu recado.
Amor de mãe, mulher,
homem ou meretriz.
O que importava era ser
feliz.
As vezes (poucas
vezes), quando a solidão o chateava,
Transformava a bebida
em companheira, sua eterna namorada.
Poeta das minorias
Sempre a provocar a
burguesia
Hora ou outra a incitava,
Mostrando sua cara para
o Brasil,
Mesmo sem o Brasil lhe
mostrar a cara !
Mesmo com o abraço do
anjo da morte,
Sua ideologia não foi
abalada.
Apesar de um futuro
duvidoso e jocoso.
Sua poesia era uma
metralhadora de palavras.
Assim como o tempo não
para!
E o show tem que
continuar,
A morte levou o poeta,
Porem sua obra se
imortalizará.
Sinto-o se despedindo,
Como num trem pras
estrelas partindo.
Mas uma coisa deixa a
minha mente exageradamente confusa!
Assim como não se sabe
de onde vem o doce sabor da uva.
De onde será que vinha
tanta genialidade,dos versos da poesia do Cazuza?
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