quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"os que vivem no caminho errado,
perdem seu maior bem.
É privado da liberdade...
Essa é minha história..."


Vida bandida não é vida
O errado hoje me chateia.
vivi minha vida atrás de uma grade.
Cansei de morar na cadeia.

Meu filho cresceu eu não vi.
A vida passou não vivi.
O tempo correu, não parou.
Até quem me amou me deixou.

Os amigos que eu deixei do lado de fora.
Foi só eu rodar que foram embora.
O engraçado é que quando eu tava na atividade.
Achava que tinha amizade de verdade.

A bala que eu adorava disparar.
Foi a mesma que me trouxe pra cá.
O vício que me ajudava a relaxar.
É o mesmo que hoje me faz chorar.

Agora irmão o  que  me resta!
É a liberdade esperar.
Torcer pro homem do martelo.
Liberar o meu alvará.

essa vida errada não presta!
Vou trilhar pelo caminho certo.
E se deus me der uma segunda chance.
Hey de ser um mc de sucesso.  






sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


Vida de ilusão

Mãe e  filha na mesma correria
finalidade, vida bandida!
Desfrutaram do luxo, só andavam belas,
Porém hoje dividem a mesma cela.
                     
Assaltos, crimes, seqüestros
Tudo valia a pena pela ecko juliet!
Ouro no pescoço, bife todo dia,
Vários pares de sapatos,
Estilo madame e patricinha.

Agora ao apagar das luzes,
Hoje a mente pensa.
Pior que é tarde demais
Pra lembrar que o crime não compensa.

Perder a dignidade, junto com a juventude,
Por achar que ter malandragem
É o mesmo que atitude.

Chora a vela acesa na cela
Um choro compartilhado pelas moradoras dela
Pior que a saudade e a indiferença
Talvez só o peso da sentença.

Inocentes ou condenadas
Enganadas pela vida errada
Mãe arrependida, filha revoltada
Acostumadas a várias jóias,
Hoje as que mais usam são as algemas prateadas.

O importante é não desistir.
Todo sofrimento vai passar!
Mãe e filha podem voltar a sorrir
Pois a liberdade vai chegar.







TESTEMUNHO DE FÉ

ACHAVA QUE TINHA CONTROLE
QUE IRONIA!
PENSEI QUE CONSUMIA A DROGA!
MAS ERA ELA QUE ME CONSUMIA.

ABANDONADO POR TODOS
OUVIA MUITO UM VERSO DESTRUIDOR.
DE QUE ADIANTA VOCÊ QUERER DAR AMOR,
PRA ALGUEM QUE SE CONTENTA COM SOFRIMENTO E DOR.

A DROGA ME TRNSFORMOU DE FATO!
NAS NOITES ESQUECIDO PELA FAMILIA,
MEU COMPANHEIRO DE QUARTO ERA UM RATO.
NÃO SEI SE ZOMBAVA DE MIM ,
OU  VINHA ME ESCUTAR.
NA VERDADE O QUE ME IMPORTAVA,
ERA QUE EU TINHA ALGUEM PRA DESABAFAR.

UM DIA DECIDI SAIR
MAS ELA NÃO QUERIA ME DEIXAR.
ME MANDOU A TAL ABSTINENCIA
PRA ME PUNIR, ME TORTURAR.

ESTAVA DECLARADA A GUERRA!
DECIDI QUE IA LUTAR.
IA ATÉ AS ULTIMAS CONSEQUÊMCIAS
MAS DELA IA ME LIVRAR.

FOI DIFÍCIL, DOLOROSO O MEU CAMINHO,
NÃO ME ACOMODEI,NÃO DESISTI, RESISTI.
QUANDO JÁ ME DAVA POR VENCIDO.
DESCOBRI QUE A BATALHA VENCI.

MESMO LIMPO,
EU AINDA SINTO,
QUE A DROGA VIVE A ME ESPREITAR.
UM TROPEÇO, UM DESLIZE, UM VACILO
ERA A PORTA PRA ELA VOLTAR.

HOJE VEJO
QUE NAS NOITES QUE A DROGA ME CONSUMIA,
ACHAVA QUE ERA SOLITÁRIO,
POREM SEMPRE TIVE DEUS
SÓ NÃO SABIA.            



A um amigo.

Amigo de verdade é o irmão que você escolheu!
Deus com toda generosidade
Presenteou-me com a amizade,
De um ser que é um filho seu.

A vida é uma grande jornada,
Sei que tem o início e o fim da caminhada.
O triste é aceitar a partida ,
Mesmo fazendo parte da vida

Era baile, era briga, namorada!
Quanta coisa passamos na madrugada!
Geral da polícia, bebida na praça,
Mas a vida sempre caminhava.

O destino às vezes é cruel!
Separou uma amizade fiel!
O amigo que eu considerava.
Hoje brilha como uma estrela no céu!

Despeço-me do seu corpo físico.
Hoje ele tá em outro lugar!
Mas a amizade que nós construímos,
Nem a força do tempo irá apagar!

Eu me lembro daquele menino,
Que adorava ir pro baile dançar!
Despeço-me com todo carinho,
Onde está há de ser um bom lugar!

Valeu meu mano!!!!!!

Homenagem ao poeta

Um certo Agenor,
Debochado, escrachado,
Muito além do seu tempo .
Talvez ousado, abusado,
Pra muitos um grande maluco,
Pra outros um gênio consagrado.

Brincar com palavras sem sintonia,
Assim era sua poesia.
Blues da piedade, maior abandonado.
O nexo não existia,
Mas o que importava era   o seu recado.

Amor de mãe, mulher, homem ou meretriz.
O que importava era ser feliz.
As vezes (poucas vezes), quando a solidão o chateava,
Transformava a bebida em companheira, sua  eterna namorada.

Poeta das minorias
Sempre a provocar a burguesia
Hora ou  outra a incitava,
Mostrando sua cara para o Brasil,
Mesmo sem o Brasil lhe mostrar a cara !

Mesmo com o abraço do anjo  da morte,
Sua ideologia não foi abalada.
Apesar de um futuro duvidoso e jocoso.
Sua poesia era uma metralhadora de palavras.

Assim como o tempo não para!
E o show tem que continuar,
A morte levou o poeta,
Porem sua obra se imortalizará.

Sinto-o se despedindo,
Como num trem pras estrelas partindo.
Mas uma coisa deixa a minha mente exageradamente confusa!
Assim como não se sabe de onde vem o doce sabor da uva.
De onde será que vinha tanta genialidade,dos versos da poesia do Cazuza?
      

Humildade sempre, Formula para o sucesso!

Na moral!
Ninguém te agüenta!
Você não é o sucesso que pensa!

Tá de sacanagem !
Acorda pra realidade,
Nem chegou lá e já perdeu a humildade!

Se tu tem o talento do Zeca,
A genialidade do Arlindo e do Thiaguinho,
Aí é que o mundo não te agüenta!
Só daria você no seu mundinho !

Que engraçado pagando de celebridade!
Acha que o mundo inteiro gira ao seu redor,
Humilha os outros, fala o que pensa ,
Mas no fundo está sempre na pior!

De tênis importado e pirateado,
Tu se acha o Justin Bibier da favela,
Diz que tem conceito, mas não sabe o que é respeito,
Mas lá fora diz que é playboy e nem lembra dela.

Na moral!
Aprenda com quem chegou de verdade
Sucesso nada mais é do que simpatia,
Com uma pitada de humildade.



Coisa de pele

O amor não tem explicação!
Ela é rica de berço.
E eu sou pobre,
Sem opção.

Ela vai de teatro.
Eu de pagodão.
Ela é tão branquinha !
E eu sou tão negão!

Eu adoro cerveja .
Ela toma açaí.
Enquanto ela estuda.
Eu vou me divertir.

Se andamos de mãos dadas, é com muito amor.
E se você reparar nossas sombras,
Verá que existe uma única cor .
Amor não tem preconceito, nem raça,
Muito menos pudor!  

Bela da  favela

Lá vem ela
A Barbie da favela
Pele cor de chocolate
 Porte de cinderela
Sorriso provocante
Mas o mais belo é a simplicidade dela

Quando vai pro asfalto
Só anda no salto
Olha o tamanho da saia dela
Esculpindo seu corpo
Mexendo com a imaginação dos outros
É difícil não se apaixonar por ela .

No pagode arrebenta
Chama muita atenção!
Mas no funk esculacha
Rebolando até o chão.

Já é malhada por natureza
Seu bronzeado é natural
Seu perfume se confunde com o das rosas
Seu carisma é um dom divinal.

Olha a nossa Barbie da favela
Que mesmo não tendo passarela
A onde passa faz  todos
Se apaixonarem por ela.  




Cidinho

Na  pracinha da favela
Vi um pretinho magrinho
Se acabando com a pedra
Fui olhar bem de pertinho.
O que eu não imaginava
É que era o meu ídolo o Cidinho.

Ele mesmo ! O parceiro do Doca.
Crack do funk consciente.
Não acreditei quando ele me disse :
Que agora do Crack era um dependente .

Muitos meses se passaram.
Eu voltei lá novamente
Encontrei um Cidinho mais forte,
Cara de moleque e mais sorridente

Ele chutou a pedra de sua vida
Com o apoio da família
E com um sorriso estampado na face
Olha a mensagem que ele deixou pra gente:
E logo eu irmão mais que ironia
Transformava  experiências
Nas mais belas poesias.
Eu to liberto !
E pra quem não acreditava
Me levantei
Não me importa
Deus me deu uma segunda chance.
Avisa pra geral!
E pro mundo funk.
O poeta Cidinho tá de volta.!!


Homenagem a São Jorge


Ogum!
Guerreiro valente
Que luta pela gente
Ta sempre presente
Nos momentos de aflição.

Na tristeza ou na alegria
Sei que ta sempre em minha companhia
Sinto que me ajuda e me guia
Nessa batalha que é vida
De se matar um dragão
A cada dia.

Ogum é Jorge
É gente da gente
E onde há fé
Ele sempre estará .
Jorge é ogum
Mais isso é indiferente
Pede com fé que ele vem te ajudar.

Salve Jorge pelo seu dia
A ogum vou festejar
Seja noite, ou seja, dia
Venho aqui pra te saldar. 


Vida loka

Hoje não sei se eu volto!
Vou partir pra arrumar uma boa,
Vida loka também tem natal,
Quero dar uma moral  pra minha coroa.

O Noel não entra na favela,
Meu presente cansei de esperar,
Se der certo a fita de hoje,
A favela vou presentear.

Pras crianças bonecas e bolas,
Pras senhoras presentes também,
Pros amigos só roupa da moda,
Pras novinhas só nota de cem!!!!!!!!!!!

Se prepara mulleke.
Que o Noel da favela
Vai chegar de hornett
E cordão boladão
No pé tênis importado
Ostententando  pra todo lado
No estilo patrão.

Gangsta


Gangsta

Lá vem ele montado numa hornett,
Tirando onda de patrão,
Mas não passa de um pivete.
Moleque cria do morrão.

Ostentar  sua marra, é tudo o que ele quer.
Cordão bolado no pescoço,
Boné gringo na cabeça
E tênis importado no pé.

Beija as melhores
Só bebe o que há de melhor
Mas apesar de sempre estar rodeado
Continua no fundo sempre só.

Vida bandida
Ou bandida de vida
Te da conforto, te da status
Mas num segundo te escraviza.

O que ele quer irmão
É curtir o seu barato
Diz que não tem medo da polícia
E que a cadeia é pros fracos.

Ele se acha o super homem da favela
Montado na sua hornett
Se sente voando
Entre os becos e vielas.

Seu coração enquanto bater
Será sempre disputado
Novinha hoje quer ter conforto
E o pivete só anda pesado.

Desde garoto sonhava em conhecer o mundo inteiro
Detestava carregar bolsa de madame
E ser ajudante de pedreiro.

Venceu errado
Mas sonha em vencer no certo
Em suas orações toda noite
Pede a deus pra ser um mc de sucesso.