Do alto do morro
Sempre quis ser respeitado
Tentei ser um trabalahador comum
Mas hoje sou um bandido respeitado.
Tentei ser aceito pela sociedade
Mas por ela sempre fui massacrado
Sempre expus pro mundo meus sonhos
Mas sempre acabaram despedaçados
O destino as vezes se encarrega
E o sofrimento da sua contribuição
De favelado revoltado e marginalizado
A bandido estilo patrão.
Era o cara na comunidade
Muita gente me idolatrava
Se tivesse criança doente
Um gáz acabado
Eu sempre ajudava.
Divesão no morro não faltava
Eu trazia era show de montão
Pras crianças brinqudos e balas
E pras novinhas o meu coração.
Mas a inveja as vezes cega o homem
E o perigo as vezesmora do seu lado
E aquele que você ajuda e tira da sarjeta
Sorri na sua frente mas te odeia calado.
Um parceiro criado comigo
Que eu sempre acreditei ser muito homem.
Tirei da miseria dei casa e comida
Mandou uma mensagem pro meu telefone.
Parti pra ajudar o parceiro
Perguntei por ele ninguem viu
Escutei alguem me gritando no asfalto
Mas quando fui olhar levei um tiro de fuzil.
O que me deixou mais bolado
foi o desfexo da situação
A bala que tava me matando
Saiu da arma de um irmão
.
Ele me olhou e me pediu desculpas
E que eu entendesse a traição
Vida de olheiro pra ele não dava
Ele queria era ser patrão.
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