quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Homenagem a um malandro


Sou malandro não sou de bobeira.

Onde chego sou considerado.

Não arrumo quizumba,

Bebo a noite inteira,

Não quero fazer visita a delegado.


Confusão com mulher não arrumo.

Se me quer então ela que venha,

Correr atraz eu não corro .

Não quero caô com Maria da penha.


Se eu chego na favela ,

Sei sair e sei entrar,

Porque vagabundo só espera um deslize

Pra poder te bagunçar.


Minha malandragem é minha sabedoria.

A vida é minha universidade

Sou bacharel em boemia.

Faço estágio nos bares da cidade.


Um defeito eu sei que eu tenho!

Com uma só eu não sei namorar.

Se der bolo eu vazo , dou um jeito.

É difícil alguem me amarrar.


Sou casado com a cerveja gelada.

Compromisso eu tenho é com a farra.

Mesmo achando que a noite é pequena.

Essa vida pra mim vale a pena.


Ao contrário do ditado .

Acredite quem quiser .

no peito do malandro bate um coração de verdade.

Só coração de otário é que bate na sola do pé

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